Antero de Quental em seu discurso sobre as Causas da decadência dos povos peninsulares, aponta três causas da decadência portuguesa e espanhola a partir do século XVII: religião, política e economia. A partir desse olhar para a sociedade portuguesa, esse texto dialogará com Eduardo Lourenço, em sua obra Nós e a Europa ou as duas razões, no qual discorre sobre a importância de se ter um passado original, no qual garante a espessura do presente, e assim, consequentemente, abordará a questão central e problemática que se refere a identidade nacional. Antero organiza sua exposição, basicamente, em três partes, onde, primeiramente, ele dá um respaldo histórico sobre os grandes feitos peninsulares, depois, aponta a decadência a partir do século XVII e, por fim, oferece uma solução. Durante os tempos áureos a nação produzira em seu seio: santos, teólogos, papas, reis, cavalheiros, etc. Eram, segundo o autor, símbolos vivos da alma popular. Estes, sustentavam o espírito peninsular, onde a...