Eu estava sem consciência. E sem a consciência do que estava acontecendo, eu não sabia onde es tar , não sabia para onde ir, não sabia como agir. Era tudo tão nublado que até o óbvio estava difícil de ser assimilado. Porém percebi finalmente no decorrer das últimas batalhas uma realidade drástica: eu estava em guerra. Ao ir amadurecendo no campo de batalha, depois de uma longa jornada descolada do mundo real, pus, possivelmente pela primeira vez, os dois pés no chão. Percebi então o quão era doloroso estar com os pés nesse chão. Nele havia muito sofrimento. Entendi finalmente o porquê de tantas vezes eu mergulhar no mar das ilusões da guerra. Eram ilusões de alívio, ilusões de prazer, ilusões de paz. Válvulas de um falso escape. E então uma pergunta surgiu: como eu posso suportar uma realidade tão dolorosa? Sem uma resposta imediata, concluí que era mais fácil continuar fugindo. Porém, através desse percurso de amadurecimento de guerra e muita ajuda da tropa, eu decidi...