É quando diminuímos que aumentamos. Essa paráfrase do texto sagrado me impõe uma reflexão urgente: para quem é tal fórmula? Lembro-me da frustração daquele jovem, rico, quando ouviu as sagradas palavras: abre mão de tudo e vem comigo; ele pensou: cumprir alguns mandamentos, ok, mas abrir mão de tudo? E voltou para casa, com a fórmula ao avesso: aumentado, porém atrofiado. Por outro lado, também lembro daquela moça, pobre, de pais Joaquim e Ana, que fora visitada pelo anjo de Deus. A sagrada criatura anuncia o convite divino – uma verdadeira enrascada – que pega a moça quase desprevenida, porém, ainda se recompondo de tal susto, e ao contrário do jovem, a moça, estranhamente, aceita. Ninguém aceitaria convite tão absurdo, mas, pasme, ela aceitou. Ocorre que o jovem, rico, não se deixou diminuir e provavelmente viveu toda a sua vida de maneira confortável. A moça, pobre, tomou o caminho contrário, se deixou diminuir e – sabemos – viveu uma vida absolutamente des...